Cada vez mais as empresas procuram desenvolver projetos que levem a uma maior vantagem competitiva ao seu negócio integrando inovação tecnológica, orçamentos reduzidos e ciclos de entrega agressivos.
Otávio Albuquerque Ritter dos Santos - Gerente de Projetos de TI
A capacidade de rapidamente readequar seus projetos e produtos às constantes mudanças do mercado também constitui fator critico de sucesso para que uma empresa prospere diante da competição feroz e globalizada. Em cenários como esses uma abordagem adaptativa para o gerenciamento de projetos se torna fundamental a fim de maximizar a produtividade e não comprometer a qualidade do produto final.
Introdução
Hoje em dia, muito se tem discutido sobre a capacidade dos projetos serem entregues no tempo, escopo, custo e qualidade acordados com o Cliente. É notório que cada vez mais os projetos lidam com requisitos abstratos, incompletos e em constante mudança. A procura pela vantagem competitiva e a constante necessidade de inovação impõem às empresas uma nova abordagem para o desenvolvimento de soluções e o gerenciamento de projetos. A rapidez na entrega e a qualidade, medidas principalmente pelo valor agregado ao negócio, fazem toda a diferença para o sucesso de um projeto nos dias atuais.
Diante desse desafio a alternativa que se torna cada vez mais adotada no mercado é o uso de processos ágeis de desenvolvimento como: SCRUM , XP , OpenUP , DSDM , entre outros. Suas técnicas e boas práticas já são amplamente divulgadas e discutidas nas comunidades de desenvolvedores, porém é raro encontrar boas referências que auxiliem ao Gerente de Projeto a entender a mudança de paradigma e adotar estas práticas como ferramenta de apoio para um gerenciamento mais eficaz.
A falta de informação adequada para o nível gerencial acaba gerando dificuldades para a adoção de processos ágeis principalmente nas grandes empresas. Por um lado encontra-se resistência pela percepção de que estes não são disciplinados ou robustos para atender à demanda de projetos. Em outros casos, o uso de práticas ágeis em conjunto com processos complexos (ou mesmo sem processo algum) é encarada como uma saída mágica para a redução do cronograma de projeto. Essa mistura de conceitos acaba aumentando os riscos, limitando os ganhos de produtividade e levando à conclusão de que processos ágeis não são apropriados para grandes projetos, times distribuídos e não se alinham aos modelos de maturidade nos quais as empresas tanto investem para se adequarem.
A chave para se compreender e disseminar junto aos stakeholders essa nova abordagem ágil está na atuação eficaz do Gerente de Projetos, que compreende a necessidade de uma nova dinâmica de gerenciamento mais focada na capacidade de adaptação do processo e na geração de valor para o Cliente.
Jim Highsmith, um dos fundadores da Agile Alliance, sumariza nove princípios para um gerente de projetos que atua no contexto ágil:
■ Entregar algo que seja útil para o Cliente; verificar o que eles valorizam
■ Cultivar patrocinadores compromissados com o projeto
■ Empregar um estilo de liderança-colaborativa
■ Criar times competentes e colaborativos
■ Facilitar as tomadas de decisão pelo próprio time
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